quinta-feira, 17 de junho de 2010



ARY ESTÁ APAIXONADO
e pensa que será para sempre
Sempre pensa
Ary e seus olhos de avelã
fitando o horizonte como se dali, soubesse algo
Ary está apaixonado e ainda acredita em sua linda jaula dourada



Por Elias Sampaio

sexta-feira, 2 de maio de 2008




WELCOME

Ele acorda, toma coca-cola no gargalo, fuma um Black e volta a dormir
Não começaria hoje uma vida mais saudável?
Ok, sorry. But...
nossas orbes são tão diferentes

Talvez às cinco
Talvez às dez
Respira pela boca depois das seis

"Acabei de comprar as passagens. Tou passando aí pra deixar a sua. Pode ser?"
"Hum-rum"

Nina Simone para ouvir baixinho durante os dez minutinhos
Ele quer ser um bom menino
e vai tentar
hoje mesmo
Seu gato voltou para casa
Incrivelmente
O eterno retorno existe!
AMA As Horas
"Ah, Mrs. Dallowey, sempre dando festas para encobrir o silêncio."

Tem medo de Ciganos
Sorte de hoje:
Seu destino mudou completamente hoje.
Serait ce possible alors?
C'est QUELQ'UN M'A DIT
Mas ele não acredita em mais nada 8 à 80
(Contradição!!!)
Ele é todo 8 ou 80

FERNANDA YOUNG

Barba por fazer
O Ray Ban arranhado
Mochila nas costas
"Meu senhor, quantas vezes vou dizer que eu não como bacon?"
Faz cálculos contando nos dedos
Bonequinho do Mac Lanche Feliz para o seu afilhado
Porão do Santa Rosa
Brigadeiro é sempre bom
Com os 'Ruelas' era bem melhor
Por um mundo onde as pessoas não malhem

Vento no rosto
Reflexões de janela de ônibus
Tokio Hotel no mp3
O pensamento gira, dá um pulo num passado recente
I have no idea what's happened to that dream
Porque nada modificaria os nossos roteiros
Gosta de chuva
lhe polpa lágrimas
E como é que era mesmo chorar?

Um dia vai ouvir do Lestat:
"Eu te darei a escolha que eu não tive."
Sábado eu vou querer dançar!

Pega ônibus errado
Descobriu que o Asteróide B-612 não gira solto
tem um fio de nylon frágil que o segura
"Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz!"
Assim
Irremediavelmente cafona
Insoluvelmente carente
Aquele que se repete

HUM RUM

Amanheceu no msn
E essa calma o comove
Dolce & Gabanna impregnado no bafo do seu cheiro
"O seu, que já não é o mesmo do ano passado
As promessas, sempre elas...
Tsk, tsk, tsk
Isso que temos dividido em suaves prestações
e a despreocupada amnésia a nos fazer
esquecer que não será possível
Mas essa noite já bastou
para refrescar a lembrança
e nos presentear com novos momentos
além de alguns beijos e versos
de uma ligação além de perigosa

ENQUANTO ISSO, NA LIGA DA JUSTIÇA...

For these last few days leave me alone
But for these last few days leave me alone
Leave me alone

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008



Acredito que a amizade seja uma construção.
Acredito nos tijolos dispostos lado a lado, cada dia uma parede sendo levantada.
Não acredito na casa-prêmio do baú da felicidade.
Tenho motivos para crer nisso.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008



------ E FOI ASSIM que de repente me dei conta que eu não sabia mais quem eu era (susto!). Pelo menos, quando eu acordei hoje de manhã, eu achava que sabia, mas agora que tento me definir nesse:"Quem eu sou" (pânico!), vejo que não sou mais o mesmo. Clarice Lispector explica: "Toda compreensão súbita é finalmente a revelação de uma aguda incompreensão".

É QUE SÓ AGORA fui perceber que os meus gostos, hábitos, qualidades e defeitos, convicções a respeito de tudo e todos, me abandonaram dando lugar a novos registros. Me sinto como se tivesse perdido alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Seria a identidade? Não, acho que não. Essa não nos abandona nunca. Mesmo que nos transformemos a cada instante, alguma coisa em nós resiste. A nossa identidade é nossa resistência. Eita que chique!

COMO TÁ COMPLICADO falar sobre 'quem sou', vou falar sobre uma convicção nova. Minha mais nova percepção adquirida. Sinto que nos últimos tempos passei a ser verdadeiramente mais livre. Pareço ter conquistado minha liberdade e hoje, tenho mais coragem para me mostrar como sou. Revelar segredos. Melhor ainda, fofocar sobre mim mesmo. Esse mundo, o das pessoas que não têm medo de ser, é real e pode pertencer a você também, é só querer. É só estender o braço e a felicidade de não fingir, estará bem ali, ao seu alcance. E hoje luto para ser amado como sou. Porque em meio aos que falseiam, eu sou... Gente, é isso! Descobri quem eu sou: "Sou aquele que quer simplesmente amar."

sábado, 29 de setembro de 2007


É que tou tentando fazer as pazes com o moço aqui - O Blog.
Andei lendo postagens antigas até as mais recentes e percebi muita dor.
Rancor. Vontade de ferir. Saudades.
Foi um veículo de equívocos. Escrevi coisas pra gente que nem leu, ao mesmo tempo magoei outros que não tinham nada haver. Ok, também não tenho culpa se alguns resolvem vestir a carapuça, mas a verdade é que tudo isso me cansou um pouco.
Como nesse momento em que me vêm monte de coisas na cabeça, mas dá preguiça escrever, desgasta. Exigiria um desprendimento e uma reserva generosa de energia que não disponho no momento.
Obrigado a você que de vez em quando me pede para escrever alguma coisa aqui. Valeu a força.
É só uma fase e vai passar.

Um beijo a você.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

NUMA FASE LEGIÃO DEMAIS


Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
ESTOU TÃO TRANQUILO
E TÃO CONTENTE...

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar prá todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada prá ninguém...

Me fiz em mil pedaços
Prá você juntar
E queria sempre achar
Explicação pr'o que eu sentia
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
QUE MENTIR PRA SI MESMO
É SEMPRE A PIOR MENTIRA

MAS NÃO SOU MAIS
TÃO CRIANÇA, OH! OH!
A PONTO DE SABER TUDO...

Já não me preocupo
Se eu não sei por quê
ÀS VEZES O QUE EU VEJO
QUASE NINGUÉM VÊ...

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
QUE EU VEJO
O MESMO QUE VOCÊ...

Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?...

QUASE SEM QUERER/Legião Urbana

segunda-feira, 23 de julho de 2007

PARA FAZER JUS A CANETA BIC NOVA


Costumo dizer que escrever para mim tem que ser algo orgânico, sensorial. Que quando a inspiração vem, tipo bolsa de grávida quando estoura, tem que se escrever naquele exato momento, para capturar com palavras o golfo das elucubrações. E assim o é, sendo que, caneta em punho, sempre hesito alguns segundos ou minutos como que entregue à pesca do começo exato, da frase-efeito, da pegada certa. Às vezes é complicado explicar com palavras as coisas que vêm na cabeça da gente. Porque têm coisas que a gente só sente. Ou não sabe que nome dar a certos sentimentos e sensações. Ou sabe, mas aí esquece. Sabe como é, na hora que vão sair da cabeça, vem outro pensamento e atrapalha tudo. É assim que funciona. Louco né? Essa paixão pelo muito que se pode dizer e calar escrevendo. Por isso hoje, extraordinariamente, quero me permitir um escrever singelo. Um escrever tipo, redação-volta-às-aulas. Hoje eu escrevo só para mim.


TOU INDO VIAJAR. Entre uma coisa e outra que ponho na mochila, dou uma folheada aqui na agenda que fiz de meu caderno de escritos, pequenos ensaios, e que acabou ficando com cara de querido diário. Tem coisa aqui que jamais publicaria no Blog. Algumas por serem muito íntimas. Outras nem tanto, mas que independente dos níveis de confissões, entregam sentimentos que talvez eu não queira admitir que ainda existem. Putz. De que serve um blog se a gente não pode falar dos nossos podres e dos podres dos outros? Que graça tem?
'E Chiove', com a Zizi Possi, toca ao fundo. Uma vez minha irmã perguntou: "Por que sempre que você vai viajar põe essa música?". E eu que até então, nem havia percebido, acabei que a elegendo como o meu tema de arrumar a mochila.
Tou me sentindo numa madrugada de reveillon. Sabe aquela sensação que dá, tipo, do ano começando, você fazendo um balanço de tudo que passou, cheio de pequenos novos planos, traçando metas, fazendo mil promessas a si mesmo? Incrível a capacidade que algumas pessoas têm de dar início e encerrar pequenos ciclos em nossas vidas, independente do tempo que permaneceram nela. Como quando a gente lê um livro muito legal que nos revela um universo novo de sentimentos e emoções e, quando acaba, fica aquele vazio. Mas um vazio de coisa preenchida, sabe? Um espaço que foi ocupado por uma falta boa, que não faz mal. Quer dizer, mal faz. Mas o bom que foi, a gente não perde, né? Até que um dia, quem sabe... DE REPENTE DÁ CERTO.
Escrevo e vejo a chuva fina. Pego a capa do cd e confiro. Agora toca 'Pace e Serenita'. Sinto um arrepio pela beleza feérica do momento. Se eu fosse poeta, iria tomar um banho de chuva para lavar a alma. Mas como poeta não sou, vou passar na Conviniência e lavar a alma com uma coca-cola, mesmo.